A difícil jornada das mulheres no mundo do empreendedorismo: o panorama no Brasil

A luta feminina por equidade é longa e a cada ano mais conquistas são feitas, principalmente no mercado de trabalho. As mulheres sempre foram empreendedoras, conciliando jornadas duplas e diversas responsabilidades, mas ainda assim, não possuem o reconhecimento merecido. Desde as pequenas produtoras locais e profissionais individuais, até as startups com lideranças femininas, todas integram uma importante parcela do empreendedorismo no Brasil. No que concerne a inclusão das mulheres nos negócios, as perspectivas se tornam mais diversas, inclusivas e inovadoras.

Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada pelo IBGE, demonstram que cerca de 9,3 milhões de mulheres estão à frente de negócios no Brasil. Conforme os dados da pesquisa do Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME), de 2021, entre as empreendedoras que possuem sociedade, sete em cada dez contam com sócias mulheres. Além disso, 73% dos empreendimentos liderados por mulheres são majoritariamente femininos, enquanto apenas 21% dos empreendimentos liderados por homens.

O apoio entre as mulheres no empreendedorismo fortalece todo o ecossistema. A revista Época, analisando a pesquisa do IRME (2021), destacou alguns dados que reforçam os motivos e a importância desse círculo virtuoso no meio de negócios femininos:

– 34% das empreendedoras ouvidas já sofreram algum tipo de agressão em suas relações afetivas;

– 50% das empreendedoras com filhos alegaram que o fechamento das escolas impactou a rotina de trabalho;

– 79% das empreendedoras acreditam que os cuidados com a casa e a família atrapalham mais as mulheres do que os homens que buscam empreender.

 

O lado positivo é que as empresas estão adotando medidas cada vez mais inclusivas, criando uma expectativa de maior diversidade de gênero no mercado de trabalho. Espera-se que, com o tempo, a disparidade de contratação e liderança entre homens e mulheres diminua. Enquanto isso, as mulheres estão na linha de frente da batalha criando empresas e contratando mais mulheres.

Alguns projetos e programas objetivam aumentar a fluidez desse processo. A Finep, instituição promotora do programa, possui projetos dedicados ao empreendedorismo feminino, como por exemplo, o projeto “Mulheres Inovadoras”, que está na sua segunda edição em andamento, sendo uma iniciativa em conjunto com Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) para estimular startups lideradas por mulheres. O projeto busca contribuir para o aumento da representatividade feminina no cenário empreendedor nacional, por meio da capacitação e do reconhecimento de empreendimentos que possam favorecer o incremento da competitividade brasileira.

Mesmo com o incentivo nacional, a disparidade entre mulheres e homens no mundo do empreendedorismo ainda é uma realidade. Na primeira edição do Programa Centelha, por exemplo, entre os empreendedores aprovados, apenas 31,7% são mulheres. O debate sobre o assunto e o fomento ao empreendedorismo feminino são fatores essenciais para apoiar a inclusão de mais mulheres.

Como você pode apoiar empreendedoras? Alguns exemplos são a compra de seus serviços ou produtos, a divulgação do trabalho para sua rede de amigos, o incentivo a suas parceiras, colegas e familiares para empreender. Além disso, você pode ajudar encorajando-as a inscrever sua ideia no Programa Centelha!

Nesta edição o Programa Centelha conta com a participação de 25 estados e do Distrito Federal e prevê o investimento de mais de R$ 97 milhões, sendo R$ 74 milhões pelo MCTI e R$ 23 milhões pelos parceiros estaduais. Cada empresa contemplada receberá em torno de R$ 50 mil, além de capacitação e suporte para transformar ideias em negócios de sucesso. As propostas poderão ser submetidas por pessoas físicas, vinculadas ou não a empresas com até 12 meses de existência anteriores à data de publicação do edital.

Empreendedoras, o que estão esperando para se inscrever no Programa Centelha e transformar suas ideias em negócios de sucesso? Clique aqui e inscreva sua ideia!

 

 

 

 

Fonte: Revista Época, Blog SEBRAE, IBGE, IRME, Finep e Programa Centelha